26/05/2003

Todo anjo tem um pecado oculto doutro lado da eternidade
o céu recreia iluminuras nebulosas que cantam
mensagens celestiais de fama imorredoura,
gotas de harmonia no cérebro extasiado.

Interpretação da trilha universal
roteiros subjetivos do indivíduo
alucinações de prantos redimidos do mistério
asas absurdas nas costas da imaginação.

Um subúrbio em cada morte!
Um mundo em cada sorte!
Um vício em cada canto!
Um pestanejar selvagem de raro espanto!

Nas costas das asas imaginárias
alucinações redimidas de prantos misteriosos
e o indivíduo do retalho subjetivo inventa
uma trilha universal de versíferos coeternos.

Gotas de cérebro no silêncio absoluto
morfina hipnótica que codifica os olhos
iluminuras nebulosas inventam céus paranóicos
na eternidade oculta doutro lado do avesso.
(Avesso, Majarti)

(Claude Cahun)

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