09/11/2002

Do fim da insônia:

Não vou mais reclamar de insônia.
Esta noite dormi muito. Dormi e sonhei. Tive um sonho fantástico. Sonhei que era uma entidade indu, e minha pele brilhava, azul-prateada. Tinha correntes de ouro, braceletes, faixas de setim vermelho como roupa. E montava um elefante enorme, igualmente adornado, a cabeça do tamanho de um carro. Corria num corredor largo, atrás de outras entidades, negras, com enormes dentres brancos e bocas vermelhas. Assistindo a perseguissão, Deuses azuis me glorificavam, jogando flores, enquanto, de outro lado, vultos negros cuspiam.
Num dado momento, meu elefante parou de correr. Ele encostou a cabeça no chão, para que eu descesse. Desci e parei frente à frente com as sombras que perseguia.
Arranquei flores de meu colar e joguei sobre elas. Elas permaneceram imóveis, enquanto voltava a montar meu elefante gigantesco. De cima de seu pescoço, via a todos, azuis e negros. Todos passaram a jogar flores e cantar uma melodia, que só poderia vir de um sonho - sublime, em uníssono. Dei meia volta e parti.

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