27/01/2003

Da infância e seus detalhezinhos: pequenos tópicos de alembramento I

§ É como eu ia dizendo pra dona Olabáuti (que eu conheci por intermédio da tia Paula): cereais a granel ainda vévem. Dona Olabáuti relembrava, numa singela volta ao passado de sua infância lá em Barbacena (ou whatever, que eu não perguntei), os "armazéns de antigamente, quando o feijão era vendido a peso, e usavam aquelas colheronas afuniladas para pegar a mercadoria do saco de estopa e pesar nos saquinhos de papel." E acrescentou que quem tem mais de 35 e morou no interior se lembraria disso. Foi no meio dessa prosa que objetei em protesto.

Ei! Eu tenho 27 e alémbrio dos malfadados saquinhos de papel, dos cereais que eram vendidos a granel! E morava em Campinas, inda por cima! O meu segredo? Além de usar 2 cores de tintura para esta tonalidade, devo dizer que qualquer mercadinho da minha infância gostava de vender as coisas assim. Só que eu não gostava de comprar. Primeiro, porque tinha que descer uma rua inclinadissississíssima para chegar no dito mercadinho do bairro. E segundo, porque o saquinho de papel era da pior qualidade, e adorava estourar seu fundo nas minhas mãos pueris, fazendo da rua uma bela cascata de feijões, arroz...

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