13/01/2003

Fonte de Surrealismo

Nunca fiz nenhum comentário sobre algo de ótimo que me aconteceu, muito por acaso, já este ano.
Entrei para este grupo de discussões, entitulado "Quem Conta Um Conto...", onde encontrei pessoas excelentes. São malucos insanos geradores dos sonhos mais surreais com os quais me deparei por estas bandas virtuais.
E foi de um destes efêmeros encontros eletrônicos, que nasceu a conversa onírica mãe do seguinte poema:

Ode ao Rouge

Se não passas pelas alvas faces
Desiludida e vã existência entoas
Morenas, brancas, amarelas, doces
Coras com tua bela cor de broa.

Se te tomo em minhas mãos com o vinho
Me alegras a vista, minh' alma atordoas
Se te levo ao rosto liso e limpinho
Me enches de graça, pensamento voa

Se me embriaga a vivência plena
Rouge nas faces, vinho à mão, à toa
Chega a seu fim, existência empena
Confusa é a hora em que te distoa

Güela abaixo, hoje em pó povoas
Tão somente o sonho taciturno meu
Jaz em paz, lindo rouge-broa
Na pança da bela que te comeu.


Obrigada pela inspiração e pela alegria! Surrealismo puro.

Nenhum comentário: