04/02/2003

Do Irmão Mata-Baratas

É com incomensurável prazer que venho até vocês falar de meu mui estimado mata-baratas oficial. Esta iluminada criatura denominada irmão é, além de karma e dharma, minha mais alardeada luz no fim do túnel em situações como a que vou relatar.

Estava esta lebre que vos fala sentadzinha, muito calma e cantarolante, em frente ao PC. Feliz, distraidazinha, lendo suas mensagens noturnas e chit-chatiniando com seus amiguinhos de drento do computadôi, quando...

(começa, repentinamente, a música de susto)

DUAS BARATAS DESTE TAMANHO ENTRARAM VOANDO SABE-SE LÁ DÊUSI DE ONDE, COM SUAS ATENAS ASQUEROSAS E SEUS MONTES DE PERNAS (aqui entra a pergunta que toda a humanidade já se fez um dia: pra que tanta perna se ela voa, dio cristo???), DANDO COM SUAS MISERÁVEIS TESTAS EM TUDO QUANTO HÁ DE MEU: MINHAS PAREDES, MEU COMPUTADOR, TUDO, TUDO, E FAZENDO AQUELE BARULHO MEDONHO: 'PÁC! PÁC!' !!!

(fim da música de susto)

Neste momento, só não entrei em colapso e tive o tão falado ataque do miocárdio porque meu sistema nervoso simpático (aquele, que desde tenra idade bota banca e decide várias coisas por mim) resolveu que era hora de passar sebo nas canelas e fincou suas esporas elétricas nos meus lombinhos, bradando em código morse para os nervos superficiais: 'Arrepia! Arrepia! Toca pro quarto dele!' É claro que todos os convocados obedeceram.

Abri a porta num pontapé e vi o volume roncando debaixo dos lençóis. Sem parar, ainda vítima do choque, mirei o montinho de cabelo e meti um só sopapo, que fez voar da cama meu desnorteado hermanito, como se o culpado pela existências de seres tão hediondos fosse ele. Tudo bem. Mea culpa, mea maxima culpa - sei que não deveria agir assim. Mas não costumo responder por meus atos quando me deparo com meus mais profundos medos. Pois meu salvador caiu da cama e, instantaneamente e ainda dormindo, lançou mão de um chinelo, tão acostumado com sua função que está. Lampeiro, logo estava com os dois corpos imundos e mortos, sem eu nem precisar abrir a boca. Im-pres-si-o-nan-te, a agilidade, a sagacidade, a presteza de meu benfeitor.

EPíLOGO

Enquanto houverem baratas voadoras e uma loira-lebre fóbica, sempre haverá o Supeeeeeeer Irmãããão!
Go, brother, go!

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