(Esta imagem voltou ao topo para desejar...)
FELIZ ANO NOVO
(Volto em Janeiro!)
Dalí - Criança Geopolítica Assistindo o Nascimento de um Novo Homem
26/12/2002
Agora que tudo passou, que fazer até o Ano Novo?
Dicas:
B52:
» Licor de café;
» Licor tipo creme irlandês;
» Grand Marnier.
Adicione as trê bebidas, nesta sequência e sem misturar, para que se formem camadas.
Bloody Mary:
» Vodka;
» Suco de tomate:
» Tabasco;
» Molho tipo worcestershire;
» Suco de meio limão;
» Sal e pimenta do reino à gosto;
» Um talo de salão para enfeitar.
Cosmopolitan:
» Vodka;
» Triple sec;
» Suco de Framboesa.
Grasshopper:
» Créme de menthe;
» Créme de cacao (branco);
» Creme de leite.
Orgasmo:
Partes iguais de:
» Licor tipo creme irlandês;
» Créme de cacao (branco);
» Triple sec;
» Vodka.
Shirley Temple:
(Não-alcoólico)
» Ginger Ale;
» Grenadine;
» Molho de cerejas (aquele das conservas).
Tequila Sunrise:
» Grenadine;
» Tequila;
» Suco de laranja.
Dicas:
B52:
» Licor de café;
» Licor tipo creme irlandês;
» Grand Marnier.
Adicione as trê bebidas, nesta sequência e sem misturar, para que se formem camadas.
Bloody Mary:
» Vodka;
» Suco de tomate:
» Tabasco;
» Molho tipo worcestershire;
» Suco de meio limão;
» Sal e pimenta do reino à gosto;
» Um talo de salão para enfeitar.
Cosmopolitan:
» Vodka;
» Triple sec;
» Suco de Framboesa.
Grasshopper:
» Créme de menthe;
» Créme de cacao (branco);
» Creme de leite.
Orgasmo:
Partes iguais de:
» Licor tipo creme irlandês;
» Créme de cacao (branco);
» Triple sec;
» Vodka.
Shirley Temple:
(Não-alcoólico)
» Ginger Ale;
» Grenadine;
» Molho de cerejas (aquele das conservas).
Tequila Sunrise:
» Grenadine;
» Tequila;
» Suco de laranja.
23/12/2002
21/12/2002
Pulando por aí, esta lebre descobriu que foi descoberta.
Não poderia ter sido melhor: fui perfilhada e perfilhei a contento.
Já não desgrudo os olhos vermelhos do Wumanity.
Não poderia ter sido melhor: fui perfilhada e perfilhei a contento.
Já não desgrudo os olhos vermelhos do Wumanity.
20/12/2002
Essa imagem instigou a curiosidade dos leitores de Cora.
Para mim, não passa do Gato Caçoador, observando Alice nalgum canto do Lago de Lágrimas.
19/12/2002
18/12/2002
Sete ósculos.
O primeiro vai para a Manga Rosa, com seu novo blog, novo nome e tudo.
O segundo, vai para a peixinha, minha maninha d'alma, que aos poucos está voltando a dar sinal de vida (que houve com o Oceano?).
O terceiro vai para minha bicha emplumada: Du, tu és flor furtacor que me alegra o dia!
O quarto beijo vai para o Alex, que finalmente concretizou um sonho. Parabéns, amigo!
O quinto vai para o pocket philosopher, que voltou para animar a festa. Ou não (Esse 'ou não' é a sua cara!).
O sexto é de Adriano 'PhYz', que anda sumido (já faz quase vinte horas, que sumiço!).
O sétimo é seu.
O primeiro vai para a Manga Rosa, com seu novo blog, novo nome e tudo.
O segundo, vai para a peixinha, minha maninha d'alma, que aos poucos está voltando a dar sinal de vida (que houve com o Oceano?).
O terceiro vai para minha bicha emplumada: Du, tu és flor furtacor que me alegra o dia!
O quarto beijo vai para o Alex, que finalmente concretizou um sonho. Parabéns, amigo!
O quinto vai para o pocket philosopher, que voltou para animar a festa. Ou não (Esse 'ou não' é a sua cara!).
O sexto é de Adriano 'PhYz', que anda sumido (já faz quase vinte horas, que sumiço!).
O sétimo é seu.
15/12/2002
E s p l a n c n o t o m i a 3
Provisoriamente cantamos o silêncio, que pairou com as borboletas.
Não cantamos ilusão, discorrendo a memória.
Cantamos o silêncio que engole o que existe - sério, sério, sério.
O silêncio grande pelos campos, pelos desertos, pelos espaços.
O silêncio das pessoas, dos deuses, dos mistérios.
Cantamos o silêncio dos pobres, dos tristes, da existência e da não-existência.
Morremos aos poucos e, sobre nossos túmulos, haverá silêncio, nada mais.
Provisoriamente cantamos o silêncio, que pairou com as borboletas.
Não cantamos ilusão, discorrendo a memória.
Cantamos o silêncio que engole o que existe - sério, sério, sério.
O silêncio grande pelos campos, pelos desertos, pelos espaços.
O silêncio das pessoas, dos deuses, dos mistérios.
Cantamos o silêncio dos pobres, dos tristes, da existência e da não-existência.
Morremos aos poucos e, sobre nossos túmulos, haverá silêncio, nada mais.
E s p l a n c n o t o m i a 2
Provisoriamente cantamos o amor, que aflorou a despeito das flores amarelas.
Cantamos sem temor, reciclado na memória.
Cantamos a paixão por tudo o que existe - fogo vivo, mãe constituinte.
O amor grande pelos sertões, pelos mares, pelos céus.
O amor das crianças, dos pais, dos velhos.
Cantamos o amor dos amantes, dos cidadãos, pela vida e além-vida.
Morremos de amor e, sobre nossos túmulos, pairarão borboletas.
Provisoriamente cantamos o amor, que aflorou a despeito das flores amarelas.
Cantamos sem temor, reciclado na memória.
Cantamos a paixão por tudo o que existe - fogo vivo, mãe constituinte.
O amor grande pelos sertões, pelos mares, pelos céus.
O amor das crianças, dos pais, dos velhos.
Cantamos o amor dos amantes, dos cidadãos, pela vida e além-vida.
Morremos de amor e, sobre nossos túmulos, pairarão borboletas.
Não considero ninguém neste mundo totalmente ignorante.
Não deixo de expressar meus conhecimentos, sentimentos e dúvidas, nem defendo o ignorantismo.
Por mais simples que a pessoas possam ser, sempre dominarão temas por mim nunca antes navegados.
Daí minha profunda paixão pelo que é humano (mesmo que, às vezes, tenda ao desumano).
Não sei catar caranguejo, nem nenhuma técnica para melhor fazê-lo.
Não sei a correspondência entre quilômetros por hora e nós.
Não sei falar nortúmbrio - nem nunca ouvi alguém falar.
Não sou filósofa. Estou mais para nefelibata.
Mas admiro a filosofia, a literatura, a música, e tudo que encha o espírito de alma.
Vai que, de uns tempos para cá, dei de treinar para cirenaísta. De déu, em déu, mas sempre tentando. E parando para contar uma coisinha ou outra aqui. Mas esqueci de esclarecer aos leitores o que vem a ser o cirenaísmo. E só dei conta disso agora.
Portanto, é com orgulho que venho falar...
Do cirenaísmo desta Lebre de Março
"Todos buscam o prazer e fogem da dor."
Esta é a base da doutrina filosófica da escola cirenaica (século V a.C.), cujo fundador, Aristipo de Cirene (daí o nome), foi discípulo de Sócrates e de seus seguidores, e tinha como tema central o hedonismo.
Aristipo destacou alguns aspectos subjetivos da sensação e dos estados psíquicos resultantes.
Distingue a afecção, que é o estado psíquico resultante, e a coisa que produz a afecção.
O que nós conhecemos são as modificações destas afecções, e não aquilo que está fora de nós, apesar de neste exterior encontrar-se a causa. Mas o que importa são as afecções (isso lembra Protágoras, que faz ao homem ser a medida de todas as coisas).
Trocando em miúdos: certa vez, Aristipo disse a seus discípulos: "Dizem que as sensações são conhecidas claramente e somente elas, porquanto não o são suas causas. Não se ocupam, pois, das coisas físicas, por serem incompreensíveis."
E nesta observação dos estados psíquicos, admiravelmente chegaram a advertências sábias sobre como adequadamente viver, para que se extraia o máximo possível de prazer da vida.
Observação: Este monte de frases soltas desconexas são, sim, frases soltas desconexas. Não me demorei neste post, apenas despejei pensamentos, à medida que chegaram. Vejam: estou indo além do cirenaísmo!
Não deixo de expressar meus conhecimentos, sentimentos e dúvidas, nem defendo o ignorantismo.
Por mais simples que a pessoas possam ser, sempre dominarão temas por mim nunca antes navegados.
Daí minha profunda paixão pelo que é humano (mesmo que, às vezes, tenda ao desumano).
Não sei catar caranguejo, nem nenhuma técnica para melhor fazê-lo.
Não sei a correspondência entre quilômetros por hora e nós.
Não sei falar nortúmbrio - nem nunca ouvi alguém falar.
Não sou filósofa. Estou mais para nefelibata.
Mas admiro a filosofia, a literatura, a música, e tudo que encha o espírito de alma.
Vai que, de uns tempos para cá, dei de treinar para cirenaísta. De déu, em déu, mas sempre tentando. E parando para contar uma coisinha ou outra aqui. Mas esqueci de esclarecer aos leitores o que vem a ser o cirenaísmo. E só dei conta disso agora.
Portanto, é com orgulho que venho falar...
Do cirenaísmo desta Lebre de Março
Esta é a base da doutrina filosófica da escola cirenaica (século V a.C.), cujo fundador, Aristipo de Cirene (daí o nome), foi discípulo de Sócrates e de seus seguidores, e tinha como tema central o hedonismo.
Aristipo destacou alguns aspectos subjetivos da sensação e dos estados psíquicos resultantes.
Distingue a afecção, que é o estado psíquico resultante, e a coisa que produz a afecção.
O que nós conhecemos são as modificações destas afecções, e não aquilo que está fora de nós, apesar de neste exterior encontrar-se a causa. Mas o que importa são as afecções (isso lembra Protágoras, que faz ao homem ser a medida de todas as coisas).
Trocando em miúdos: certa vez, Aristipo disse a seus discípulos: "Dizem que as sensações são conhecidas claramente e somente elas, porquanto não o são suas causas. Não se ocupam, pois, das coisas físicas, por serem incompreensíveis."
E nesta observação dos estados psíquicos, admiravelmente chegaram a advertências sábias sobre como adequadamente viver, para que se extraia o máximo possível de prazer da vida.
Observação: Este monte de frases soltas desconexas são, sim, frases soltas desconexas. Não me demorei neste post, apenas despejei pensamentos, à medida que chegaram. Vejam: estou indo além do cirenaísmo!
14/12/2002
11/12/2002
E s p l a n c n o t o m i a
Provisoriamente não cantamos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantamos o temor, que esteriliza os abraços.
Não cantamos o ódio, pois que esse não existe - existe apenas o medo, nosso pai e companheiro.
O medo grande das liças, dos mares, dos desertos.
O medo dos soldados, das mães, das carolas.
Cantamos o medo dos ditadores, dos democratas, da morte, e do depois da morte.
Morreremos de medo e, sobre nossos túmulos, nascerão flores amarelas.
Provisoriamente não cantamos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantamos o temor, que esteriliza os abraços.
Não cantamos o ódio, pois que esse não existe - existe apenas o medo, nosso pai e companheiro.
O medo grande das liças, dos mares, dos desertos.
O medo dos soldados, das mães, das carolas.
Cantamos o medo dos ditadores, dos democratas, da morte, e do depois da morte.
Morreremos de medo e, sobre nossos túmulos, nascerão flores amarelas.
10/12/2002
08/12/2002
Caríssimo público legente:
Atendendo aos pedidos de uma grande amiga, faço uma enquete.
Queiram, por favor, responder.
Cordialissimamente,
A Editora
- E N Q U E T E -
Quais dos seguintes nomes ficariam bem num site literário e (quase) autobiográfico de crônicas, segredos e desabafos femininos?
1 - Verdades Femininas
2 - Negativas Femininas
3 - Complicada, Eu??
4 - O Inferno São Elas
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Atendendo aos pedidos de uma grande amiga, faço uma enquete.
Queiram, por favor, responder.
Cordialissimamente,
A Editora
06/12/2002
Pensamento cirenaísta da noite:
"Por mais doce e lânguido que seja o dia...
...sempre haverá um amanhã onde poderei comer pinhões cozidos e tâmaras açucaradas."
Estou com uma vontade louca de comer pinhões.
Meu reino por um balde de pinhões cozidos com sal.
Amanhã mesmo corro ao Carrefour de Natal mais próximo e compro, juntamente com um pacote de tâmaras bem pretinhas.
Estou com uma vontade louca de comer pinhões.
Meu reino por um balde de pinhões cozidos com sal.
Amanhã mesmo corro ao Carrefour de Natal mais próximo e compro, juntamente com um pacote de tâmaras bem pretinhas.
05/12/2002
03/12/2002
Mandriice pouca é bobagem. Unindo o útil ao agradável e atendendo a pedidos, hoje serei de pouco falar e muito mostrar.
Surrealismo na Publicidade
Propaganda em prol do uso de preservativos, com o slogan 'PROTEJA-SE' - agência Salles D`Arcy.
Anúncio da Honda, com o slogan 'Até a sua cama está dizendo para você tomar um banho de rio.' - agência Almap BBDO.
Anúncio do jornal Notícias Populares, com o slogan 'Notícias Populares, 1943 - 2001' - agência Loducca.
E para fechar:
Anúncio da ANJ (Associação Nacional de Jornais), numa alusão direta ao surrealismo, com parte do rosto de Salvador Dalí e o slogan 'Jornal. Faz de você uma pessoa muito mais interessante.' - agência Young & Rubicam Brasil.
Propaganda em prol do uso de preservativos, com o slogan 'PROTEJA-SE' - agência Salles D`Arcy.
Anúncio da Honda, com o slogan 'Até a sua cama está dizendo para você tomar um banho de rio.' - agência Almap BBDO.
Anúncio do jornal Notícias Populares, com o slogan 'Notícias Populares, 1943 - 2001' - agência Loducca.
E para fechar:
Anúncio da ANJ (Associação Nacional de Jornais), numa alusão direta ao surrealismo, com parte do rosto de Salvador Dalí e o slogan 'Jornal. Faz de você uma pessoa muito mais interessante.' - agência Young & Rubicam Brasil.
30/11/2002
A volta do surrealismo
No Brasil dos anos 20 e 60, marcado por ditaduras, o Surrealismo permaneceu no obscurantismo, quase que unicamente como técnica artística. Mas ocorreu.
Atualmente, a indústria cultural de todo o mundo vem absorvendo obsessivamente elementos do sonho, do inconsciente e da fragmentação - denúncia da retomada do movimento. A propaganda é um dos veículos que mais vêm aderindo aos conceitos surrealistas, utilizando imagens do inconsciente coletivo como forma de atingir o grande público , através dos diversos meios de comunicação, sobretudo os MCM (Meios de Comunicação em Massa).
Abaixo, exemplos de anúncios surrealistas.
Anúncio da Renault, com o slogan 'O carro de quem faz a moda' - agência Master.
Anúncio do S.O.S Mata Atlântica, com o slogan 'Eu vi as árvores que você cortou' - agência Age.
O cartaz londrino, com olhos onipresentes e o slogan que diz algo como 'Segurança graças aos Olhos Vigilantes', tem a intenção de propagandear mais segurança, numa alusão ao 1984, de George Orwell.
No Brasil dos anos 20 e 60, marcado por ditaduras, o Surrealismo permaneceu no obscurantismo, quase que unicamente como técnica artística. Mas ocorreu.
Atualmente, a indústria cultural de todo o mundo vem absorvendo obsessivamente elementos do sonho, do inconsciente e da fragmentação - denúncia da retomada do movimento. A propaganda é um dos veículos que mais vêm aderindo aos conceitos surrealistas, utilizando imagens do inconsciente coletivo como forma de atingir o grande público , através dos diversos meios de comunicação, sobretudo os MCM (Meios de Comunicação em Massa).
Abaixo, exemplos de anúncios surrealistas.
Anúncio da Renault, com o slogan 'O carro de quem faz a moda' - agência Master.
Anúncio do S.O.S Mata Atlântica, com o slogan 'Eu vi as árvores que você cortou' - agência Age.
O cartaz londrino, com olhos onipresentes e o slogan que diz algo como 'Segurança graças aos Olhos Vigilantes', tem a intenção de propagandear mais segurança, numa alusão ao 1984, de George Orwell.
29/11/2002
*Breton: pai e fundador do movimento Surrealista, autor do Manifesto do Surrealismo. Sua alucinada abordagem da poesia surgiu como uma reação contra as acomodadas convenções literárias de Paris, nos anos 20. Breton e seus amigos pretendiam transformar o caos e a desordem em formas de expressão.
Conseguiram.
24/11/2002
Coloco isso aqui para que me lembre mais tarde, quando o tempo nublar, de que devo dar mais valor para a simplicidade.
Os pensamentos complexos são frustrantes à medida em que trazem dúvidas. E, com as dúvidas, as preocupações. As coisas simples não: elas trazem as respostas nelas mesmas. Felicidade é simplicidade.
Os índios tem por base a simplicidade e encontram a alegria da vida. E nesta vida existem apenas duas coisinhas que devemos ter sempre em mente:
1º: Não devemos nos preocupar com coisas pequenas.
2º: Tudo é pequeno.
Agora chega de postar. Tenho que ir ali, tomar um suco de acerola, jogar conversa fora, que hoje é domingo.
Os pensamentos complexos são frustrantes à medida em que trazem dúvidas. E, com as dúvidas, as preocupações. As coisas simples não: elas trazem as respostas nelas mesmas. Felicidade é simplicidade.
Os índios tem por base a simplicidade e encontram a alegria da vida. E nesta vida existem apenas duas coisinhas que devemos ter sempre em mente:
1º: Não devemos nos preocupar com coisas pequenas.
2º: Tudo é pequeno.
Agora chega de postar. Tenho que ir ali, tomar um suco de acerola, jogar conversa fora, que hoje é domingo.
23/11/2002
Estou só de passagem.
Passei para deixar um beijo nos amigos.
E um beijo nos colegas, e conhecidos.
E um beijo nos que cegam em arrogância.
Um ósculo nos que têm sua dó de si mesmos.
Aquele abraço apertado naqueles que permanecem em resignação, camuflados sob sorrisos falso, que não podem ser desmascarados, pois que isso significaria desmascarar a própria imagem falsa refletida.
Um beijão nas pessoas que não gostam de se olhar no espelho, nem de falar sozinhas.
Naquelas que perguntam quem são, e para onde estão indo.
Enfim, um beijo em cada espinho, ainda que signifiquem a impossibilidade de perceber na rosa também o perfume.
Estou só passando, já que nada fica, além do que queremos ver ficando.
Cris
Passei para deixar um beijo nos amigos.
E um beijo nos colegas, e conhecidos.
E um beijo nos que cegam em arrogância.
Um ósculo nos que têm sua dó de si mesmos.
Aquele abraço apertado naqueles que permanecem em resignação, camuflados sob sorrisos falso, que não podem ser desmascarados, pois que isso significaria desmascarar a própria imagem falsa refletida.
Um beijão nas pessoas que não gostam de se olhar no espelho, nem de falar sozinhas.
Naquelas que perguntam quem são, e para onde estão indo.
Enfim, um beijo em cada espinho, ainda que signifiquem a impossibilidade de perceber na rosa também o perfume.
Estou só passando, já que nada fica, além do que queremos ver ficando.
Cris
22/11/2002
Descobri o poço das danaides da alegria: o CD Alma Caribeña, de Gloria Estefan.
Diego Rivera, Baile En Tehauntepec
(Faço uma comparação da importância cultural do movimento muralista mexicano - criado por Rivera, José Clemente Orosco e David Alfaros Siquieros - com o modernismo brasileiro de Semana da Arte Moderna. Assim como nossos modernistas, Rivera lutou pelo resgate da raiz cultural de sua gente, e pela popularização da arte, como bem de todos.)
Diego Rivera, Baile En Tehauntepec
(Faço uma comparação da importância cultural do movimento muralista mexicano - criado por Rivera, José Clemente Orosco e David Alfaros Siquieros - com o modernismo brasileiro de Semana da Arte Moderna. Assim como nossos modernistas, Rivera lutou pelo resgate da raiz cultural de sua gente, e pela popularização da arte, como bem de todos.)
21/11/2002
Que piada...
Eu, que queria me jogar de cabeça no cirenaísmo de Aristipo, me vejo agora forçada a dissecar o positivismo de Comte...
QUERO FÉRIAS J Á !
E por falar em epistemologia, deixo aqui meu 'oi' para o querido pocket philosopher, que, não contente com o calor humano e boa-vida cariocas, foi parar no Maranhão, tomar um cocktail de filosofia com duas doses de Alca. Coraaaagem! O que mais poderia se esperar de um filósofo?! Quando o senhor voltar, há de encontrar-me como um protótipo de hedonista, munida de Daikiris, cigarros de cravo e, se tudo correr bem, muita areia no biquini! Piada...
Eu, que queria me jogar de cabeça no cirenaísmo de Aristipo, me vejo agora forçada a dissecar o positivismo de Comte...
QUERO FÉRIAS J Á !
E por falar em epistemologia, deixo aqui meu 'oi' para o querido pocket philosopher, que, não contente com o calor humano e boa-vida cariocas, foi parar no Maranhão, tomar um cocktail de filosofia com duas doses de Alca. Coraaaagem! O que mais poderia se esperar de um filósofo?! Quando o senhor voltar, há de encontrar-me como um protótipo de hedonista, munida de Daikiris, cigarros de cravo e, se tudo correr bem, muita areia no biquini! Piada...
Lendo os posts dos meus voyers, descobri dentre eles um que não deseja se identificar (intrigante isso, neste meio...), e, por isso, se intitula "um meu observador".
Muito bem. Esta pessoa fez um comentário interessante acerca do modo como disserto minha vidinha, enquadrando-me no time dos simbolistas. Isso me picou.
Não pela colocação, mas porque ontem, conversando com um amigo sobre meu b log, percebi que estou passando por uma fase de extremo umbiguismo. E, como se não bastasse, fechada num pessimismo, que converge com meu budismo latente, segundo o qual o mundo inteiro é ilusão e dor. E fico assim, rolando um desfile de imagens ocas, miragens do nada. E no meio do chit-chat, me ocorreu um pensamento: "estou muito Pessanha".
.........
Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
(Alphonsus Guimaraens, poeta mineiro, simbolista)
.........
Muito bem. Esta pessoa fez um comentário interessante acerca do modo como disserto minha vidinha, enquadrando-me no time dos simbolistas. Isso me picou.
Não pela colocação, mas porque ontem, conversando com um amigo sobre meu b log, percebi que estou passando por uma fase de extremo umbiguismo. E, como se não bastasse, fechada num pessimismo, que converge com meu budismo latente, segundo o qual o mundo inteiro é ilusão e dor. E fico assim, rolando um desfile de imagens ocas, miragens do nada. E no meio do chit-chat, me ocorreu um pensamento: "estou muito Pessanha".
.........
Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
(Alphonsus Guimaraens, poeta mineiro, simbolista)
.........
Ter b log é algo engraçado.
Um belo dia, você começa a escrever suas coisinhas, publicar seus sentimentozinhos e pensamentozinhos, e zup! É descoberto por todo um complexo de almas. Um mundo de pessoas que nunca viu pela frente mas que, aos poucos, passam a interagir e acompanhar tudo quanto for escrito.
Um belo dia, você começa a escrever suas coisinhas, publicar seus sentimentozinhos e pensamentozinhos, e zup! É descoberto por todo um complexo de almas. Um mundo de pessoas que nunca viu pela frente mas que, aos poucos, passam a interagir e acompanhar tudo quanto for escrito.
19/11/2002
18/11/2002
Aliás, não é só minha soul sister que possui esta incrível habilidade de me fazer cócegas na massa encefálica. Tem também meu virtual fiancée, die Farbigesockefrau*, e até um certo doutor, quando não está muito revoltado...
*Gostou do neologismo germânico, Dea? Adivinha: fui eu que fiz... hehehe...
*Gostou do neologismo germânico, Dea? Adivinha: fui eu que fiz... hehehe...
Esqueci-me de dizer algo:
Dizem que alegria atrai coisas boas, naquele papo de pensamento positivo*. Nunca vi resultados tão rápidos!
*Típico da minha peixinha predileta.
Dizem que alegria atrai coisas boas, naquele papo de pensamento positivo*. Nunca vi resultados tão rápidos!
*Típico da minha peixinha predileta.
Pausa na correria. Já bati o record de entradas e saídas de casa num único dia - e olha que ele nem acabou...
Para quem mora na região de Campinas: dêem uma olhada pela janela. Já viram tantas cores?
Poisé, o sol está de olhos arregalados hoje. Bem diferente dos últimos dias, em que esteve tímido e choroso.
Claridade a 100%, cores espalhafatosas no jardim, calor irradiado, uma brisa fresquíssima, toda gay*, correndo por aí, fazendo rodopios. E a nuvem de proporções oceânicas que vem chegando a bombordo, anunciando um pé d'agua daqueles. Belíssimo.
*Oi, Dudaaa! Lembrei-me do senhor.
Nota: Fui interrompida no momento em que escrevia este post, com a chegada de uma 'encomenda': sacolinha classuda da Kopenhagen, recheada de bombons de cereja ao marasquino e um simpático cartão de aniversário. Assinado: Deny, Marcelão e Tathy.
Nem preciso dizer que as cores do dia triplicaram...
Para quem mora na região de Campinas: dêem uma olhada pela janela. Já viram tantas cores?
Poisé, o sol está de olhos arregalados hoje. Bem diferente dos últimos dias, em que esteve tímido e choroso.
Claridade a 100%, cores espalhafatosas no jardim, calor irradiado, uma brisa fresquíssima, toda gay*, correndo por aí, fazendo rodopios. E a nuvem de proporções oceânicas que vem chegando a bombordo, anunciando um pé d'agua daqueles. Belíssimo.
*Oi, Dudaaa! Lembrei-me do senhor.
Nota: Fui interrompida no momento em que escrevia este post, com a chegada de uma 'encomenda': sacolinha classuda da Kopenhagen, recheada de bombons de cereja ao marasquino e um simpático cartão de aniversário. Assinado: Deny, Marcelão e Tathy.
Nem preciso dizer que as cores do dia triplicaram...
16/11/2002
Tilím, tilím, tiím... Chuva de dias, que cai ainda hoje. O céu roxo-azulado, um friozinho intradérmico que invade calado e vai arranhar os ossos. E acaba por trazer essa sonolência arrastada, embriaguês, pensamentos vesgos. Nem tristeza, nem euforia, nem 8, 80, -8... Fica no zero, o tempo mudo, passando de olhos fechados e passos largos.
Problemas e esquecimentos. Cinza e branco...
...
Bom. Pelo menos tiro a barriga da miséria, assistindo enlatadinhos norteamericanos - um sonho que vem de longe: assistir seriados confortavelmente instalada no tapete, com minha gata, almofadas só para mim e comendo laranja com sal, que eu adoro. Enfim sós, Kitty... Eita, vida besta deliciosa...
Problemas e esquecimentos. Cinza e branco...
...
Bom. Pelo menos tiro a barriga da miséria, assistindo enlatadinhos norteamericanos - um sonho que vem de longe: assistir seriados confortavelmente instalada no tapete, com minha gata, almofadas só para mim e comendo laranja com sal, que eu adoro. Enfim sós, Kitty... Eita, vida besta deliciosa...
15/11/2002
A PALAVRA DA HORA É
F O D A - S E
Digna de menção honrosa, de efeito anti-asfixiante, salvadora em situações depreciativas ou extenuantes. Merece um hino, uma ode, um poema.
(Pata, essa é tiro e queda. Bote fé...)
F O D A - S E
Digna de menção honrosa, de efeito anti-asfixiante, salvadora em situações depreciativas ou extenuantes. Merece um hino, uma ode, um poema.
(Pata, essa é tiro e queda. Bote fé...)
14/11/2002
Graça de Apreciar
Não vem com dança sorumbática hipnótica. Não existe caminho ascendente, senão a descida do meu abismo.
. . .
Não posso deixar de entrar com esta observação, aqui: hoje é meu dia de rodar o cronômetro anual. E agradeço a todos os amigos, colegas e conhecidos que lembraram e desejaram felicidades: vocês rechearam este meu dia - e todos os outros, passados e vindouros - com muito prazer e felicidade!
Não vem com dança sorumbática hipnótica. Não existe caminho ascendente, senão a descida do meu abismo.
. . .
Não posso deixar de entrar com esta observação, aqui: hoje é meu dia de rodar o cronômetro anual. E agradeço a todos os amigos, colegas e conhecidos que lembraram e desejaram felicidades: vocês rechearam este meu dia - e todos os outros, passados e vindouros - com muito prazer e felicidade!
10/11/2002
Para meu querido amigo, em homenagem:
______________________________________Um Beijo
_______________________Um minuto o nosso beijo
______________________Um só minuto; no entanto
_________________________Nesse minuto de beijo
__________________Quantos segundos de espanto!
_________________Quantas mães e esposas loucas
____________________Pelo drama de um momento
_____________________Quantos milhares de bocas
________________________Uivando de sofrimento!
____________________Quantas crianças nascendo
_______________________Para morrer em seguida
_____________________Quanta carne se rompendo
_______________________Quanta morte pela vida!
_____________________Quantos adeuses efêmeros
_______________________Tornados o último adeus
_________________Quantas tíbias, quantos fêmures
_______________________Quanta loucura de Deus!
_____________________Que mundo de mal-amadas
____________________Com as esperanças perdidas
______________________Que cardume de afogadas
________________________Que pomar de suicidas!
__________________Que mar de entranhas correndo
________________________De corpos desfalecidos
___________________Que choque de trens horrendo
______________________Quantos mortos e feridos!
________________________Que dízima de doentes
____________________Recebendo a extrema-unção
______________________Quanto sangue derramado
________________________Dentro do meu coração!
________________________Quanto cadáver sozinho
_______________________Em mesa de necrotério
______________________Quanta morte sem carinho
______________________Quanto canhenho funéreo!
_____________________Que plantel de prisioneiros
_____________________Tendo as unhas arrancadas
_____________________Quantos beijos derradeiros
___________________Quantos mortos nas estradas!
________________________Que safra de uxoricidas
________________________A bala, a punhal, a mão
______________________Quantas mulheres batidas
______________________Quantos dentes pelo chão!
_______________________Que monte de nascituros
__________________________Atirados nos baldios
____________________Quantos fetos nos monturos
______________________Quanta placenta nos rios!
_____________________Quantos mortos pela frente
_______________________Quantos mortos a traição
_____________________Quantos mortos de repente
_____________________Quantos mortos sem razão!
_____________________Quanto câncer sub-reptício
________________________Cujo amanhã será tarde
_______________________Quanta tara, quanto vício
____________________Quanto enfarte do miocárdio
____________________Quanto medo, quanto pranto
____________________Quanta paixão, quanto luto!...
_________________________Tudo isso pelo encanto
______________________Desse beijo de um minuto
__________________Mas que cria em seu transporte
_____________________De um minuto, a eternidade
_______________________E a vida, de tanta morte.
_____________________(Vinícius de Moraes, 18/03/1958)
Vamos, Du, sair correndo por aí, esquecer um pouco o drama humano? Não combina com a nossa pele fina...
______________________________________Um Beijo
_______________________Um minuto o nosso beijo
______________________Um só minuto; no entanto
_________________________Nesse minuto de beijo
__________________Quantos segundos de espanto!
_________________Quantas mães e esposas loucas
____________________Pelo drama de um momento
_____________________Quantos milhares de bocas
________________________Uivando de sofrimento!
____________________Quantas crianças nascendo
_______________________Para morrer em seguida
_____________________Quanta carne se rompendo
_______________________Quanta morte pela vida!
_____________________Quantos adeuses efêmeros
_______________________Tornados o último adeus
_________________Quantas tíbias, quantos fêmures
_______________________Quanta loucura de Deus!
_____________________Que mundo de mal-amadas
____________________Com as esperanças perdidas
______________________Que cardume de afogadas
________________________Que pomar de suicidas!
__________________Que mar de entranhas correndo
________________________De corpos desfalecidos
___________________Que choque de trens horrendo
______________________Quantos mortos e feridos!
________________________Que dízima de doentes
____________________Recebendo a extrema-unção
______________________Quanto sangue derramado
________________________Dentro do meu coração!
________________________Quanto cadáver sozinho
_______________________Em mesa de necrotério
______________________Quanta morte sem carinho
______________________Quanto canhenho funéreo!
_____________________Que plantel de prisioneiros
_____________________Tendo as unhas arrancadas
_____________________Quantos beijos derradeiros
___________________Quantos mortos nas estradas!
________________________Que safra de uxoricidas
________________________A bala, a punhal, a mão
______________________Quantas mulheres batidas
______________________Quantos dentes pelo chão!
_______________________Que monte de nascituros
__________________________Atirados nos baldios
____________________Quantos fetos nos monturos
______________________Quanta placenta nos rios!
_____________________Quantos mortos pela frente
_______________________Quantos mortos a traição
_____________________Quantos mortos de repente
_____________________Quantos mortos sem razão!
_____________________Quanto câncer sub-reptício
________________________Cujo amanhã será tarde
_______________________Quanta tara, quanto vício
____________________Quanto enfarte do miocárdio
____________________Quanto medo, quanto pranto
____________________Quanta paixão, quanto luto!...
_________________________Tudo isso pelo encanto
______________________Desse beijo de um minuto
__________________Mas que cria em seu transporte
_____________________De um minuto, a eternidade
_______________________E a vida, de tanta morte.
_____________________(Vinícius de Moraes, 18/03/1958)
Vamos, Du, sair correndo por aí, esquecer um pouco o drama humano? Não combina com a nossa pele fina...
09/11/2002
Do fim da insônia:
Não vou mais reclamar de insônia.
Esta noite dormi muito. Dormi e sonhei. Tive um sonho fantástico. Sonhei que era uma entidade indu, e minha pele brilhava, azul-prateada. Tinha correntes de ouro, braceletes, faixas de setim vermelho como roupa. E montava um elefante enorme, igualmente adornado, a cabeça do tamanho de um carro. Corria num corredor largo, atrás de outras entidades, negras, com enormes dentres brancos e bocas vermelhas. Assistindo a perseguissão, Deuses azuis me glorificavam, jogando flores, enquanto, de outro lado, vultos negros cuspiam.
Num dado momento, meu elefante parou de correr. Ele encostou a cabeça no chão, para que eu descesse. Desci e parei frente à frente com as sombras que perseguia.
Arranquei flores de meu colar e joguei sobre elas. Elas permaneceram imóveis, enquanto voltava a montar meu elefante gigantesco. De cima de seu pescoço, via a todos, azuis e negros. Todos passaram a jogar flores e cantar uma melodia, que só poderia vir de um sonho - sublime, em uníssono. Dei meia volta e parti.
Não vou mais reclamar de insônia.
Esta noite dormi muito. Dormi e sonhei. Tive um sonho fantástico. Sonhei que era uma entidade indu, e minha pele brilhava, azul-prateada. Tinha correntes de ouro, braceletes, faixas de setim vermelho como roupa. E montava um elefante enorme, igualmente adornado, a cabeça do tamanho de um carro. Corria num corredor largo, atrás de outras entidades, negras, com enormes dentres brancos e bocas vermelhas. Assistindo a perseguissão, Deuses azuis me glorificavam, jogando flores, enquanto, de outro lado, vultos negros cuspiam.
Num dado momento, meu elefante parou de correr. Ele encostou a cabeça no chão, para que eu descesse. Desci e parei frente à frente com as sombras que perseguia.
Arranquei flores de meu colar e joguei sobre elas. Elas permaneceram imóveis, enquanto voltava a montar meu elefante gigantesco. De cima de seu pescoço, via a todos, azuis e negros. Todos passaram a jogar flores e cantar uma melodia, que só poderia vir de um sonho - sublime, em uníssono. Dei meia volta e parti.
Notícias Minhas:
»Fui muito bem na prova de epistemologia. Nem precisei usar os conhecimentos apreendidos no Sumário do Tratado da Natureza Humana (empréstimo de meu caro pocket philosopher): a prova foi - pasme - de múltipla escolha...
»Por falar no pocket philosopher: ele resolveu levar seu ceticismo para passear e foi filosofar no Rio de Janeiro. Ficarei de bolsos vazios até God-knows-when. Pior: sem o amigo-morcego das madrugadas...
»Reta final no mundo acadêmico: este 1º ano já durou o que tinha que durar, eu quero férias.
...
dialética
é claro que a vida é boa
e a alegria, a única indizível emoção
é claro que eu te acho lindo
e em ti bendigo o amor das coisas simples
é claro que te amo
e tenho tudo para ser feliz
mas acontece que sou triste...
(Vinícius de Moraes)
Como havia dito para alguém, um dia desses (e, talvez, plagiando de algum lugar): alguns nasceram para serem felizes. Outros, para pensar.
Penso, logo acinzento...
»Fui muito bem na prova de epistemologia. Nem precisei usar os conhecimentos apreendidos no Sumário do Tratado da Natureza Humana (empréstimo de meu caro pocket philosopher): a prova foi - pasme - de múltipla escolha...
»Por falar no pocket philosopher: ele resolveu levar seu ceticismo para passear e foi filosofar no Rio de Janeiro. Ficarei de bolsos vazios até God-knows-when. Pior: sem o amigo-morcego das madrugadas...
»Reta final no mundo acadêmico: este 1º ano já durou o que tinha que durar, eu quero férias.
...
dialética
é claro que a vida é boa
e a alegria, a única indizível emoção
é claro que eu te acho lindo
e em ti bendigo o amor das coisas simples
é claro que te amo
e tenho tudo para ser feliz
mas acontece que sou triste...
(Vinícius de Moraes)
Como havia dito para alguém, um dia desses (e, talvez, plagiando de algum lugar): alguns nasceram para serem felizes. Outros, para pensar.
Penso, logo acinzento...
04/11/2002
a u t o e s c o l a
l i ç ã o 1
o amor incondicional pelo ser humano é demodê - caiu em desuso já nos tempos de Cristo.
l i ç ã o 2
humildade em excesso é considerada defeito dos mais graves pela sociedade, sobretudo para o humilde.
l i ç ã o 3
cultivar o caos apenas resultará na proliferação do mesmo. e nada além disso.
l i ç ã o 1
o amor incondicional pelo ser humano é demodê - caiu em desuso já nos tempos de Cristo.
l i ç ã o 2
humildade em excesso é considerada defeito dos mais graves pela sociedade, sobretudo para o humilde.
l i ç ã o 3
cultivar o caos apenas resultará na proliferação do mesmo. e nada além disso.
03/11/2002
31/10/2002
Há cem anos nascia um filho da cidade de Itabira do Mato Dentro, que viria a ser ilustre escritor mineiro. Sua obra colocou uma pedra enigmática no meio do caminho da literatura brasileira, em balanço entre a antipoesia e uma atitude reflexiva diante da "máquina do mundo".
(Ele não pode comemorar seus cem anos, mas nós vamos por aqui, dançando a Quadrilha, in memorian:)
João amava Teresa,
que amava Raimundo,
que amava Maria,
que amava Joaquim,
que amava Lili,
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos,
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se
e Lili casou com J. Pinto Fernandes,
que não tinha entrado na história.
(Ele não pode comemorar seus cem anos, mas nós vamos por aqui, dançando a Quadrilha, in memorian:)
João amava Teresa,
que amava Raimundo,
que amava Maria,
que amava Joaquim,
que amava Lili,
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos,
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se
e Lili casou com J. Pinto Fernandes,
que não tinha entrado na história.
Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual.
30/10/2002
Não sou de criticar, mas não vou resistir a falar do circo Academia.
Nada é mais chinfrim no meu conceito que a ABL, admitindo o falso mago Paulo Coelho. Literatura crasse A, cerimônia cheia de pompa, onde devem ter servido pão com salame e café frio... Aprausos pra eles.
Argumento:Tem quem compre no mundo inteiro.
...
Nada é mais chinfrim no meu conceito que a ABL, admitindo o falso mago Paulo Coelho. Literatura crasse A, cerimônia cheia de pompa, onde devem ter servido pão com salame e café frio... Aprausos pra eles.
Argumento:Tem quem compre no mundo inteiro.
...
DescomprimindoMiolos:
"A indecência pode ser normal, saudável.
Na verdade, um pouco de indecência é necessário em toda vida
para a manter normal, saudável.
E um pouco de putaria pode ser normal, saudável.
Na verdade, um pouco de putaria é necessário em toda vida
para a manter normal, saudável.
Mesmo a sodomia pode ser normal, saudável,
desde que haja troca de sentimento verdadeiro.
Mas se alguma delas for para o cérebro, aí se torna perniciosa:
a indecência no cérebro se torna obscena, viciosa,
a putaria no cérebro se torna sifilítica
e a sodomia no cérebro se torna uma missão,
tudo vício, missão, insanamente mórbido.
Do mesmo modo, a castidade na hora própria é normal e bonita.
Mas a castidade no cérebro é vício, perversão.
E a rígida supressão de toda e qualquer indecência, putaria e relações assim
leva direto a furiosa insanidade.
E a quinta geração de puritanos, se não for obscenamente depravada,
é idiota.
Por isso, você tem de escolher."
(D. H. Lawrence, "A Indecência Pode Ser Saudável")
29/10/2002
Apuração:
Lula (PT): 52.793.364 votos (61,27%)
Serra (PSDB): 33.370.739 votos (38,73%)
Brancos: 1.727.760 votos
Nulos: 3.772.138 votos
Total: 91.664.001 votos
O novo presidente da república:
(Programa de Governo)
Nota:
Ele recuperou o sentido da união política, cosendo paixão ideológica às expectativas do eleitorado.
Mas, para governar, vai precisar unir a fé da utopia com a eficiência da técnica - e é aí que entra meu medo...
(Um pequeno avanço, pelo menos, ele já conseguiu: aumentou minha cidadania.)
Lula (PT): 52.793.364 votos (61,27%)
Serra (PSDB): 33.370.739 votos (38,73%)
Brancos: 1.727.760 votos
Nulos: 3.772.138 votos
Total: 91.664.001 votos
O novo presidente da república:
(Programa de Governo)
Nota:
Ele recuperou o sentido da união política, cosendo paixão ideológica às expectativas do eleitorado.
Mas, para governar, vai precisar unir a fé da utopia com a eficiência da técnica - e é aí que entra meu medo...
(Um pequeno avanço, pelo menos, ele já conseguiu: aumentou minha cidadania.)
26/10/2002
- E se eu tomar cafeína pura?
E se eu colocar nos pés um par de tênis e sair correndo, até chegar em Ubatuba?
Não...
- E se você calar a boca?
- É... Vamos boiar e ver onde a maré quer ir, então.
hahaha, só rindo... chega, vai. é surreal, mas também não vamos exagerar...
meus posts estão ficando muito medíocres. infelizmente, tenho de adimitir que apenas refletem a atual mediocridade interior desta que vos escreve. vou dar um tempo de postar.
ou não.
E se eu colocar nos pés um par de tênis e sair correndo, até chegar em Ubatuba?
Não...
- E se você calar a boca?
- É... Vamos boiar e ver onde a maré quer ir, então.
hahaha, só rindo... chega, vai. é surreal, mas também não vamos exagerar...
meus posts estão ficando muito medíocres. infelizmente, tenho de adimitir que apenas refletem a atual mediocridade interior desta que vos escreve. vou dar um tempo de postar.
ou não.
Inferno.
Não há animação que resista a uma densa chuva de verão e à escuridão vermelha de uma sala de revelação - a mistura friozinho + aula de fotografia me smorfinhou...
Entretanto, minhas intensões amebóides logo se renderam à insistência da Triônica Formiga Atômica e fomos, belíssimas, tomar um gorozinho pós facu num novo barzinho (perdi o debate - alguém poderia me contar como foi (por favor, sem matizar), de preferência ainda hoje?).
Chego em casa e pow! Insônia.
Mas nada que um pocket philosopher não ajude a fazer render em horas de agradável coca-cola. Se continuarmos assim, vamos ter que aprender a jogar gamão. Stilnox neles!...
...
Bege demais. Morno demais. Andante demais. E tem uma cal secando meu suco, que eu não consigo descobrir de onde vem.
Tá faltando alguma coisa.
Não há animação que resista a uma densa chuva de verão e à escuridão vermelha de uma sala de revelação - a mistura friozinho + aula de fotografia me smorfinhou...
Entretanto, minhas intensões amebóides logo se renderam à insistência da Triônica Formiga Atômica e fomos, belíssimas, tomar um gorozinho pós facu num novo barzinho (perdi o debate - alguém poderia me contar como foi (por favor, sem matizar), de preferência ainda hoje?).
Chego em casa e pow! Insônia.
Mas nada que um pocket philosopher não ajude a fazer render em horas de agradável coca-cola. Se continuarmos assim, vamos ter que aprender a jogar gamão. Stilnox neles!...
...
Bege demais. Morno demais. Andante demais. E tem uma cal secando meu suco, que eu não consigo descobrir de onde vem.
Tá faltando alguma coisa.
24/10/2002
Hoje é dia de chibata nas costas no mundo acadêmico, com 2 trabalhos de antropologia e uma provinha 'básica' de epistemologia. Nem toquei nos trabalhos, estou gastando todo meu atp com a prova. Portanto, apesar da enorme vontade de fugir tresloucada pelo mundo em repúdio à David Hume (vê-se que hoje não estou com tanto atp assim...), vou tapar o nariz e mergulhar no ceticismo, empirismo e tals.
Nota: agradeço ao simpático pocket philosopher, que muito auxiliou em meu desenvolvimento metafísico, emprestando o Sumário do Tratado da Natureza Humana. Se algum dia precisar de algo, tamos aí, Alex (é outro, viu Alex? Não é o senhor, é outro - antes que pergunte). Bah, deixa eu ir estudar...
Nota: agradeço ao simpático pocket philosopher, que muito auxiliou em meu desenvolvimento metafísico, emprestando o Sumário do Tratado da Natureza Humana. Se algum dia precisar de algo, tamos aí, Alex (é outro, viu Alex? Não é o senhor, é outro - antes que pergunte). Bah, deixa eu ir estudar...
23/10/2002
Creio que a preguiça dobre a criatividade, devido à característica nefelibata do sibarismo...
Soma o grogue do sono com a incapacidade de pegar o carro e ir pro banco, pagar conta...
Não falta vontade de chutar tudo pro espaço e ir pra o espaço, também...
...
Três pontinhos é o must do saco cheio, o point break do hedonismo...
Agora chega...
Té mais...
... ... ... ... ...
Rob Gonsalves, Making Waves
Soma o grogue do sono com a incapacidade de pegar o carro e ir pro banco, pagar conta...
Não falta vontade de chutar tudo pro espaço e ir pra o espaço, também...
...
Três pontinhos é o must do saco cheio, o point break do hedonismo...
Agora chega...
Té mais...
... ... ... ... ...
Rob Gonsalves, Making Waves
11/10/2002
Gato Incomoda a Quem?
Inde... pendencia alguma
ir e vir em mundo-espaço-livre.
Incomodo dominadores
intrigo desconfiados.
Vou quando quero,
fico quando vou.
Sou quando quero, sei o que quero.
No desejo venho
em silencio, te observo.
Minha contemplação... preguiça?
Meu enigma... falsidade?
Quantas farsas suas, tantos medos,
espelhas em meus pelos
enquanto me alongo e pulo
pra fora do seu domínio!
Controlador, indeciso,
medroso, covarde.
Homo prepotente com cheiro de rato!
Angela Schnoor
(From the Cheshire Cat to you. Magnificent...)
Inde... pendencia alguma
ir e vir em mundo-espaço-livre.
Incomodo dominadores
intrigo desconfiados.
Vou quando quero,
fico quando vou.
Sou quando quero, sei o que quero.
No desejo venho
em silencio, te observo.
Minha contemplação... preguiça?
Meu enigma... falsidade?
Quantas farsas suas, tantos medos,
espelhas em meus pelos
enquanto me alongo e pulo
pra fora do seu domínio!
Controlador, indeciso,
medroso, covarde.
Homo prepotente com cheiro de rato!
Angela Schnoor
(From the Cheshire Cat to you. Magnificent...)
10/10/2002
Pessoas: digam 'oi' para Carpe Diem - outra alma perdida no meio do mundo (afinal, só nos conhecemos por causa do falecido).
09/10/2002
Última notícia:
»Tudo bem com o ipezinho da peixinha - foi só um susto.
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Findo o noticiário. Agora, vou me afogar em CorelDraw, tá. Leave me alone.
(mas continua tocando Last of The Mohicans Theme...)
»Tudo bem com o ipezinho da peixinha - foi só um susto.
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Findo o noticiário. Agora, vou me afogar em CorelDraw, tá. Leave me alone.
(mas continua tocando Last of The Mohicans Theme...)
E agora, notícias.
» Mundo volta a girar de acordo - tudo na santa paz de Buda
» Iniciado o trabalho de CorelDraw - e toooma café
» PRONA dança sua dancinha de "não tem pra ninguém" - paulistanos assinam atestado de loucura
» Novos inquilinos da casa: M., Pati e Senhorita D. - porque o mundo é uma mistura heterogênea de almas
» Algo acontece com o ipezinho da peixinha - maiores notícias no decorrer do dia
» Gripe forte entope até os olhos - amigos são lesados no processo, durante o final de semana
(minhas sinceras desculpas a Van, Lan e afins, assim como a Adrian & Dudu (ainda amo vocês e quero, sim, assistir Sinais...))
» Acaba de aparecer, no telefone, trazendo consigo as cores e o sorriso no meu rosto - cientistas discutem a possibilidade de transmissão de pensamento
» NóTícia de última hora, enviada por Fêfo, correspondente do oriente: Daniel, Hananias, Misael e Azarias ficaram mais fortes e corados, somente comendo legumes e água, do que os outros mancebos do reino babilônico que comiam das iguarias de Nabucodonosor - seriam os trangênicos?
E assim termina mais este noticiário.
Num oferecimento de Don Perignon e Perrier.
» Mundo volta a girar de acordo - tudo na santa paz de Buda
» Iniciado o trabalho de CorelDraw - e toooma café
» PRONA dança sua dancinha de "não tem pra ninguém" - paulistanos assinam atestado de loucura
» Novos inquilinos da casa: M., Pati e Senhorita D. - porque o mundo é uma mistura heterogênea de almas
» Algo acontece com o ipezinho da peixinha - maiores notícias no decorrer do dia
» Gripe forte entope até os olhos - amigos são lesados no processo, durante o final de semana
(minhas sinceras desculpas a Van, Lan e afins, assim como a Adrian & Dudu (ainda amo vocês e quero, sim, assistir Sinais...))
» Acaba de aparecer, no telefone, trazendo consigo as cores e o sorriso no meu rosto - cientistas discutem a possibilidade de transmissão de pensamento
» NóTícia de última hora, enviada por Fêfo, correspondente do oriente: Daniel, Hananias, Misael e Azarias ficaram mais fortes e corados, somente comendo legumes e água, do que os outros mancebos do reino babilônico que comiam das iguarias de Nabucodonosor - seriam os trangênicos?
E assim termina mais este noticiário.
Num oferecimento de Don Perignon e Perrier.
múltiplapersonalidade
- Ri. Ri mesmo, sua maluca. Presta atenção no que faz!
- Não tem como não rir...
- Está para ter convulção, cretina!
- ...
- Agora pára e pensa. Sabe o significado da palavra "PARADOXO"??
- ...
- Sabe, imbecil?
- Você não precisa falar assim. A vida é que foi cruel - a culpa não foi minha... Ele ficou doente.
- A culpa foi sua.
- ...
- Tá achando que a vida é um teatro?
- E o que é a vida, senão puro teatro? Fui cuspida nessa peça - nem gosto do roteiro...
- ...
- Ele adoeceu. Amor não cura paixão. Amor não cura nada. A distância sim, cura.
- Sabe o que é um paradoxo? Não foi o que falei?
- Então entendeu que não tive culpa.
- ...
- Ri. Ri mesmo, sua maluca. Presta atenção no que faz!
- Não tem como não rir...
- Está para ter convulção, cretina!
- ...
- Agora pára e pensa. Sabe o significado da palavra "PARADOXO"??
- ...
- Sabe, imbecil?
- Você não precisa falar assim. A vida é que foi cruel - a culpa não foi minha... Ele ficou doente.
- A culpa foi sua.
- ...
- Tá achando que a vida é um teatro?
- E o que é a vida, senão puro teatro? Fui cuspida nessa peça - nem gosto do roteiro...
- ...
- Ele adoeceu. Amor não cura paixão. Amor não cura nada. A distância sim, cura.
- Sabe o que é um paradoxo? Não foi o que falei?
- Então entendeu que não tive culpa.
- ...
07/10/2002
Recado para a peixinha:
Se tua estrelinha emplacar no 2º turno, espero que não apague, mas brilhe sem ofuscar.
Bjos da mana.
Se tua estrelinha emplacar no 2º turno, espero que não apague, mas brilhe sem ofuscar.
Bjos da mana.
05/10/2002
Le Chien Andalou El Perro Andaluz O Cão Andaluz
France, 1928. Surréalisme des Luis Buñuel et Salvador Dali.
Première image : un homme affûte son rasoir.
Deuxième image : il tranche l'oeil de sa femme en deux.
Hurlements dans la salle.
S'ensuivent une série de scènes bizarroïdes, absurdes, morbides, truquées avec invention, incompréhensibles. Pour son premier film, Buñuel fait entrer de plain-pied le surréalisme dans cette toute jeune forme d'art qu'est le cinéma, grâce à l'apport scénaristique (si on peut parler de scénario pour qualifier ce délire) de Salvador Dali.
Films recommandés:
§ L'Age d'or (Luis Bunuel, 1930)
§ Le Sang d'un poète (Jean Cocteau, 1930)
§ Spellbound (Alfred Hitchcock, 1945)
§ Orphée (Jean Cocteau,1950)
§ Pink Floyd : The Wall (Alan Parker, 1982)
§ Fight Club (Fincher, 1999)
§ The Cell (Tarsem Singh, 2000)
France, 1928. Surréalisme des Luis Buñuel et Salvador Dali.
Première image : un homme affûte son rasoir.
Deuxième image : il tranche l'oeil de sa femme en deux.
Hurlements dans la salle.
S'ensuivent une série de scènes bizarroïdes, absurdes, morbides, truquées avec invention, incompréhensibles. Pour son premier film, Buñuel fait entrer de plain-pied le surréalisme dans cette toute jeune forme d'art qu'est le cinéma, grâce à l'apport scénaristique (si on peut parler de scénario pour qualifier ce délire) de Salvador Dali.
Films recommandés:
§ L'Age d'or (Luis Bunuel, 1930)
§ Le Sang d'un poète (Jean Cocteau, 1930)
§ Spellbound (Alfred Hitchcock, 1945)
§ Orphée (Jean Cocteau,1950)
§ Pink Floyd : The Wall (Alan Parker, 1982)
§ Fight Club (Fincher, 1999)
§ The Cell (Tarsem Singh, 2000)
Quarta-feira, Setembro02 , 2002
Fêfo, meu fôfo,
O nome da raça é Clydesdale.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 4:45:02 PM
__________________________________________________________
Terça-feira, Outubro 01, 2002
"Termino essa minha vida exausto de viver, mas querendo ainda mais vida, mais amor, mais travessura.
A você que fica aí inútil, vivendo essa vida insossa, só digo: Coragem!
Mais vale errar se arrebentando, do que preparar-se para nada. O único clamor da vida é por mais vida bem vivida.
Essa é, aqui e agora, a nossa parte.
Depois seremos matéria cósmica.
Apagados, minerais. Para sempre mortos"
Darcy Ribeiro, 1922-1997
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:28:03 AM
__________________________________________________________
Sábado, Setembro 28, 2002
Pode parecer pouco, mas um acontecimento deste mês, ocorrido na famosa festa 'Giovanna', dos estudantes da faculdade FGV, São Paulo, somado às discussões sobre o racismo e outros preconceitos, durante as aulas de sociologia, fizeram com que pensasse muito na situação social da mulher. Comparando a colocação de um nosso colega de classe, que lembrou a todos que nunca saberemos o que é o preconceito racial sentido na pele (que ele sofre por ser negro), fico imaginando que, muito mais sutil é o terrível preconceito sofrido pelas mulheres - e que nunca é discutido. Um preconceito que vem de muitas gerações, e que foi tão abafado, repressor e imperativo, que a grande maioria das mulheres, ainda hoje - mesmo depois de tantas "vitórias" feministas - nem percebem que são reprimidas e desconsideradas, tão acostumadas a esta situação que estão...
Para finalizar o pensamento (uma vez que tal idéia já me causa muita dor de cabeça e indignação), fecho com o dito de Fritjof Capra, em seu livro Sabedoria Incomum (1988), onde relata, com entusiasmo, o que representa o feminismo para a desconstrução do patriarcado e o poder liberador da consciência feminista. O físico descobriu que a libertação das mulheres seria também a dos homens:
“Passei a reconhecer o importante papel do feminismo como uma das grandes forças de transformação cultural e o movimento de mulheres como um catalisador na covalência de vários movimentos sociais...”
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:25:52 AM
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Sexta-feira, Setembro 27, 2002
Então a vida é um jogo?
Quem está jogando?
É a sua vez ou a minha?
Temos direito àquele intervalinho maroto para tomar chá e comer biscoito?
Sim, pois é o biscoito a melhor parte...
Prefere o bolinho?
Sia-vuma - chá com bolinho.
O bom deste jogo é poder escolher o doce, a temperatura do chá, o lugar na mesa...
...Enfim: onde foram parar as regras?
Sim, porque, sem regras, não poderemos definir como sendo um 'jogo'.
E tendo visto que eu não sigo regras,
Como poderia eu jogar, de qualquer maneira?
Melhor, então, é partir para o biscoito!
E chá de maçãs, por obséquio,
Que o Gato Listrado não joga, mas escolhe o chá de sua preferência...
___________________________________________________________
___________________________________________________________
E se jogássemos um jogo - coisa que não é
A vitória seria, então, de todos.
- e existem os que acreditam na impossibilidade da vitória.
Choram do alto do pódio, cegos que são...
Comamos, portanto, o biscoito.
O quanto durar o doce, tanto durará o prazer da vitória.
Prefere bolinho?
Que seja, bolinho...
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:30:17 AM
Sexta-feira, Setembro 27, 2002
BeAtriz
Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
Chico Buarque de Holanda
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:02:58 AM
Sexta-feira, Setembro 27, 2002
I N S O M N I A
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:01:13 AM
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Domingo, Setembro 22, 2002
Vai-se tornando o tempo
estranhamente longo
à medida que se encurta.
O que antes disparava,
desbordado alazão,
hoje se paralisa
em esfinge de mármore...
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 7:49:57 PM
Domingo, Setembro 22, 2002
Tratado da Maravilhosa Inconstância Humana
(Exaltação ao Escapismo)
(Dedicado à Kel, baseado em nossas divagações vespertinas)
Renovar é necessário, ainda que dentro de um mesmo contexto - o ser humano é muito inconstante para ater-se a um único conceito.
Por que dizer ser fatídico a todos tornarem-se obsoletos, depois de um certo tempo, se a única coisa que muda, em realidade, é a nossa própria perspectiva do outro? O conceito do belo é criação nossa, está dentro de todos e varia de indivíduo para indivíduo. O que nos torna iguais, com o passar do tempo, é, portanto, o cansaço causado por observar sempre a mesma imagem idealizada e construida por nós mesmos. Muitos nem ao menos desconfiam que tal imagem nada condiz com a realidade da vida no outro.
Fato é a inexistência de alguém 100% contemplativo e desapegado das tais imagens ilusórias, que possa conviver por toda uma vida sem a pretenção de julgar o outro como sendo óbvio e incapaz de mudança, passados alguns anos.
O prazer que nos traz a admiração pela imagem ilusória é efêmero. Mas o que seria melhor: viver o efêmero ou evitá-lo e, possivelmente, não sentir mais tal prazer, inerente ao ser humano?
A pergunta já induz à resposta: procuramos pelo prazer do efêmero - e assim deve continuar. O que incomoda a grande maioria é a frustração, causada pelo fim da ilusão. E de onde vem esta frustração, se não da incapacidade de perceber a efemeridade?
A procura pelo prazer é humana, mas não a frustração. Esta ocorre pela incompreensão do processo ilusório. Entender a efemeridade e esperar por ela torna a frustração tão arbitrária quanto as demais escolhas da vida.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 7:46:16 PM
Domingo, Setembro 22, 2002
Essa vai, de última hora, para o Fernando e suas dúvidas (sobre descobrir que pasta de dentes eu uso, me ver de boca aberta e cabeça no travesseiro, comendo macarrão, ou ao menos falando assim: "puts Fê, esse tenis está me apertando..." - adorei seu 'realismo'):
"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida -ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem-número, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria tua própria pessoa: tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o."
Friedrich Nietzsche
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 3:38:45 AM
Domingo, Setembro 22, 2002
Meu caro Alex,
Passaste muito tempo longe, desta vez. Como vai o livro? E tua mãe, como está?
Com certeza, temos muito que conversar. Não te olvides de tudo o que já te disse, acerca da minha estima por tua história pessoal - acretite: não estás só.
Contudo, devo esclarecer-te quanto às minhas colocações passadas, com vista ao julgamento obnóxio que fizeste desta tua amiga: minha zanga nada tinha a ver contigo. E não me incomodo com as várias interpretações possíveis deste b log, não senhor. Em realidade, acredito ser esta a graça dos meus escritos: as infinitas possibilidades conceituais. A liberdade conjetural que imprime nos leitores. As emoções que causa em muitos... De mais a mais, tal subjetividade não te explica o título do site?
E as mot savants auxiliam o processo, bem sabes - além do fato da curiosidade ter servido de motor de arranque para muitos, dentre o público legente, instigando a fome de conhecimento...
Que bom, não é mesmo? Possíveis leitores para teus rebuscados livros, dos quais tanto gosto. Deverias agradecer-me...
Um beijo enorme,
Cris
Dalí - Gala nua enquanto observa o mar, que a uma distância de 18 metros se transforma no retrato de Abraham Lincoln, 1976
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:39:01 AM
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Sábado, Setembro 21, 2002
Somem as orelhas, somem as patas, a cauda, o corpo.
Do gato listrado resta apenas o sorriso.
Enquanto isso, o coelho corre, corre, corre...
Deve ser triste, este coelho.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 3:17:33 M
Sábado, Setembro 21, 2002
As cortinas fecham, mas a maquiagem permanece.
Enquanto tiver quem cante.
"Uma pirueta, duas piruetas... Bravo! Bravo!..."
E sempre tem uma melodia obsedante, ricocheteando nas paredes, em forma de ecos, vinda de suspiros, murmúrios, silêncios...
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 3:14:38 AM
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Quinta-feira, Setembro 19, 2002
VIDA SUBMERSA
-Ora, ora... Que bons ventos a trazem?
-Ventania.
-Está muito bonita, hoje!
-Pura porcelana, branca e fria.
-E como vai tudo?
-Do nada ao nada e de qualquer coisa à coisa nenhuma - comendo núvem e bebendo sangria...
...
Corre, Psiquê, que o Cérbero está solto...
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:26:55 AM
Quinta-feira, Setembro 19, 2002
Seus baobás purpúreos são lindos, realmente - deram um tom de ocaso ao b log.
Beijos e disponha sempre, ma chérie.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:22:02 AM
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Segunda-feira, Setembro 16, 2002
Caco, só pra lembrar:
O ESCORPIÃO DE JADE JÁ SAIU DE CARTAZ, VIU?
E agora, José? Goiânia é longe pacas... rs
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:26:40 AM
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Sábado, Setembro 14, 2002
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Sexta-feira, Setembro 13, 2002
EU
AMO
TODOS
VOCÊS!!
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 5:22:57 PM
Sexta-feira, Setembro 13, 2002
Lindo dia cinzento. Combina com minha pele...
Achei que iria acordar de mau humor hoje. Que nada. Estou bem melhor - o que me leva a crer que estive sendo vítima de TPM...
Bom humor vai, bom humor vem... Eis que me deparo com um furdúncio generalizado, proveniente da parte acadêmica de minha vida. É um pagadagadá, uma troca incessante de docinhos... Cheguei a dizer, para algum dentre eles, que temia uma hecatombe como resultante de tanta intriguinha. Disse a outros que assim é a intersubjetividade - não tem como ser só rosas (bem e mal? O que foi bom ou mal? Discussões e até os docinhos fazem parte da vida, tanto quanto a boa parte da coisa toda.) Enfim, não me senti só na minha maré de ranzinzice. Hoje, o dia não está pra peixe. Amanhã, ele pode voltar com um sol infernal, jogando cores pra todo lado.
E isso, meus amigos, vai ser igualmente belo (apesar de eu, particularmente, odiar o sol). A graça da vida está em ver a graça da vida. Nothing more, nothing less.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 5:04:01 PM
Sexta-feira, Setembro 13, 2002
Ai, ai... :o)
Sinto-me bem melhor depois das últimas colocações.
E, como podem ver, estou com insônia, novamente.
Portanto, cuidado comigo amanhã, pessoas. Mal humor à vista, von neuem...
Um beijinho bem gostosinho nas bochechinhas de todos vocês, e boa noite. Durmam com os anjinhos (ou diabinhos, as you wish).
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 3:22:46 AM
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Quinta-feira, Setembro 12, 2002
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:39:18 AM
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Quarta-feira, Setembro 11, 2002
Sua última crônica está enigmática e intensa. Pena não ter colocado no seu b log...
Escreva sempre - e entre no chat, pois já sinto saudades dos seus devaneios, chérie.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 12:35:20 AM
Fêfo, meu fôfo,
O nome da raça é Clydesdale.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 4:45:02 PM
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Terça-feira, Outubro 01, 2002
"Termino essa minha vida exausto de viver, mas querendo ainda mais vida, mais amor, mais travessura.
A você que fica aí inútil, vivendo essa vida insossa, só digo: Coragem!
Mais vale errar se arrebentando, do que preparar-se para nada. O único clamor da vida é por mais vida bem vivida.
Essa é, aqui e agora, a nossa parte.
Depois seremos matéria cósmica.
Apagados, minerais. Para sempre mortos"
Darcy Ribeiro, 1922-1997
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:28:03 AM
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Sábado, Setembro 28, 2002
Pode parecer pouco, mas um acontecimento deste mês, ocorrido na famosa festa 'Giovanna', dos estudantes da faculdade FGV, São Paulo, somado às discussões sobre o racismo e outros preconceitos, durante as aulas de sociologia, fizeram com que pensasse muito na situação social da mulher. Comparando a colocação de um nosso colega de classe, que lembrou a todos que nunca saberemos o que é o preconceito racial sentido na pele (que ele sofre por ser negro), fico imaginando que, muito mais sutil é o terrível preconceito sofrido pelas mulheres - e que nunca é discutido. Um preconceito que vem de muitas gerações, e que foi tão abafado, repressor e imperativo, que a grande maioria das mulheres, ainda hoje - mesmo depois de tantas "vitórias" feministas - nem percebem que são reprimidas e desconsideradas, tão acostumadas a esta situação que estão...
Para finalizar o pensamento (uma vez que tal idéia já me causa muita dor de cabeça e indignação), fecho com o dito de Fritjof Capra, em seu livro Sabedoria Incomum (1988), onde relata, com entusiasmo, o que representa o feminismo para a desconstrução do patriarcado e o poder liberador da consciência feminista. O físico descobriu que a libertação das mulheres seria também a dos homens:
“Passei a reconhecer o importante papel do feminismo como uma das grandes forças de transformação cultural e o movimento de mulheres como um catalisador na covalência de vários movimentos sociais...”
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:25:52 AM
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Sexta-feira, Setembro 27, 2002
Então a vida é um jogo?
Quem está jogando?
É a sua vez ou a minha?
Temos direito àquele intervalinho maroto para tomar chá e comer biscoito?
Sim, pois é o biscoito a melhor parte...
Prefere o bolinho?
Sia-vuma - chá com bolinho.
O bom deste jogo é poder escolher o doce, a temperatura do chá, o lugar na mesa...
...Enfim: onde foram parar as regras?
Sim, porque, sem regras, não poderemos definir como sendo um 'jogo'.
E tendo visto que eu não sigo regras,
Como poderia eu jogar, de qualquer maneira?
Melhor, então, é partir para o biscoito!
E chá de maçãs, por obséquio,
Que o Gato Listrado não joga, mas escolhe o chá de sua preferência...
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E se jogássemos um jogo - coisa que não é
A vitória seria, então, de todos.
- e existem os que acreditam na impossibilidade da vitória.
Choram do alto do pódio, cegos que são...
Comamos, portanto, o biscoito.
O quanto durar o doce, tanto durará o prazer da vitória.
Prefere bolinho?
Que seja, bolinho...
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:30:17 AM
Sexta-feira, Setembro 27, 2002
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:02:58 AM
Sexta-feira, Setembro 27, 2002
I N S O M N I A
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:01:13 AM
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Domingo, Setembro 22, 2002
Vai-se tornando o tempo
estranhamente longo
à medida que se encurta.
O que antes disparava,
desbordado alazão,
hoje se paralisa
em esfinge de mármore...
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 7:49:57 PM
Domingo, Setembro 22, 2002
Tratado da Maravilhosa Inconstância Humana
(Exaltação ao Escapismo)
(Dedicado à Kel, baseado em nossas divagações vespertinas)
Renovar é necessário, ainda que dentro de um mesmo contexto - o ser humano é muito inconstante para ater-se a um único conceito.
Por que dizer ser fatídico a todos tornarem-se obsoletos, depois de um certo tempo, se a única coisa que muda, em realidade, é a nossa própria perspectiva do outro? O conceito do belo é criação nossa, está dentro de todos e varia de indivíduo para indivíduo. O que nos torna iguais, com o passar do tempo, é, portanto, o cansaço causado por observar sempre a mesma imagem idealizada e construida por nós mesmos. Muitos nem ao menos desconfiam que tal imagem nada condiz com a realidade da vida no outro.
Fato é a inexistência de alguém 100% contemplativo e desapegado das tais imagens ilusórias, que possa conviver por toda uma vida sem a pretenção de julgar o outro como sendo óbvio e incapaz de mudança, passados alguns anos.
O prazer que nos traz a admiração pela imagem ilusória é efêmero. Mas o que seria melhor: viver o efêmero ou evitá-lo e, possivelmente, não sentir mais tal prazer, inerente ao ser humano?
A pergunta já induz à resposta: procuramos pelo prazer do efêmero - e assim deve continuar. O que incomoda a grande maioria é a frustração, causada pelo fim da ilusão. E de onde vem esta frustração, se não da incapacidade de perceber a efemeridade?
A procura pelo prazer é humana, mas não a frustração. Esta ocorre pela incompreensão do processo ilusório. Entender a efemeridade e esperar por ela torna a frustração tão arbitrária quanto as demais escolhas da vida.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 7:46:16 PM
Domingo, Setembro 22, 2002
Essa vai, de última hora, para o Fernando e suas dúvidas (sobre descobrir que pasta de dentes eu uso, me ver de boca aberta e cabeça no travesseiro, comendo macarrão, ou ao menos falando assim: "puts Fê, esse tenis está me apertando..." - adorei seu 'realismo'):
"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida -ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem-número, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria tua própria pessoa: tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o."
Friedrich Nietzsche
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 3:38:45 AM
Domingo, Setembro 22, 2002
Meu caro Alex,
Passaste muito tempo longe, desta vez. Como vai o livro? E tua mãe, como está?
Com certeza, temos muito que conversar. Não te olvides de tudo o que já te disse, acerca da minha estima por tua história pessoal - acretite: não estás só.
Contudo, devo esclarecer-te quanto às minhas colocações passadas, com vista ao julgamento obnóxio que fizeste desta tua amiga: minha zanga nada tinha a ver contigo. E não me incomodo com as várias interpretações possíveis deste b log, não senhor. Em realidade, acredito ser esta a graça dos meus escritos: as infinitas possibilidades conceituais. A liberdade conjetural que imprime nos leitores. As emoções que causa em muitos... De mais a mais, tal subjetividade não te explica o título do site?
E as mot savants auxiliam o processo, bem sabes - além do fato da curiosidade ter servido de motor de arranque para muitos, dentre o público legente, instigando a fome de conhecimento...
Que bom, não é mesmo? Possíveis leitores para teus rebuscados livros, dos quais tanto gosto. Deverias agradecer-me...
Um beijo enorme,
Cris
Dalí - Gala nua enquanto observa o mar, que a uma distância de 18 metros se transforma no retrato de Abraham Lincoln, 1976
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:39:01 AM
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Sábado, Setembro 21, 2002
Somem as orelhas, somem as patas, a cauda, o corpo.
Do gato listrado resta apenas o sorriso.
Enquanto isso, o coelho corre, corre, corre...
Deve ser triste, este coelho.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 3:17:33 M
Sábado, Setembro 21, 2002
As cortinas fecham, mas a maquiagem permanece.
Enquanto tiver quem cante.
"Uma pirueta, duas piruetas... Bravo! Bravo!..."
E sempre tem uma melodia obsedante, ricocheteando nas paredes, em forma de ecos, vinda de suspiros, murmúrios, silêncios...
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 3:14:38 AM
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Quinta-feira, Setembro 19, 2002
VIDA SUBMERSA
-Ora, ora... Que bons ventos a trazem?
-Ventania.
-Está muito bonita, hoje!
-Pura porcelana, branca e fria.
-E como vai tudo?
-Do nada ao nada e de qualquer coisa à coisa nenhuma - comendo núvem e bebendo sangria...
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Corre, Psiquê, que o Cérbero está solto...
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:26:55 AM
Quinta-feira, Setembro 19, 2002
Seus baobás purpúreos são lindos, realmente - deram um tom de ocaso ao b log.
Beijos e disponha sempre, ma chérie.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:22:02 AM
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Segunda-feira, Setembro 16, 2002
Caco, só pra lembrar:
O ESCORPIÃO DE JADE JÁ SAIU DE CARTAZ, VIU?
E agora, José? Goiânia é longe pacas... rs
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 1:26:40 AM
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Sábado, Setembro 14, 2002
Dalí - Poesi d'Amerique, 1943
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 7:09:33 PM__________________________________________________________
Sexta-feira, Setembro 13, 2002
AMO
TODOS
VOCÊS!!
Sexta-feira, Setembro 13, 2002
Lindo dia cinzento. Combina com minha pele...
Achei que iria acordar de mau humor hoje. Que nada. Estou bem melhor - o que me leva a crer que estive sendo vítima de TPM...
Bom humor vai, bom humor vem... Eis que me deparo com um furdúncio generalizado, proveniente da parte acadêmica de minha vida. É um pagadagadá, uma troca incessante de docinhos... Cheguei a dizer, para algum dentre eles, que temia uma hecatombe como resultante de tanta intriguinha. Disse a outros que assim é a intersubjetividade - não tem como ser só rosas (bem e mal? O que foi bom ou mal? Discussões e até os docinhos fazem parte da vida, tanto quanto a boa parte da coisa toda.) Enfim, não me senti só na minha maré de ranzinzice. Hoje, o dia não está pra peixe. Amanhã, ele pode voltar com um sol infernal, jogando cores pra todo lado.
E isso, meus amigos, vai ser igualmente belo (apesar de eu, particularmente, odiar o sol). A graça da vida está em ver a graça da vida. Nothing more, nothing less.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 5:04:01 PM
Sexta-feira, Setembro 13, 2002
Ai, ai... :o)
Sinto-me bem melhor depois das últimas colocações.
E, como podem ver, estou com insônia, novamente.
Portanto, cuidado comigo amanhã, pessoas. Mal humor à vista, von neuem...
Um beijinho bem gostosinho nas bochechinhas de todos vocês, e boa noite. Durmam com os anjinhos (ou diabinhos, as you wish).
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 3:22:46 AM
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Quinta-feira, Setembro 12, 2002
Magritte
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 2:39:18 AM
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Quarta-feira, Setembro 11, 2002
Sua última crônica está enigmática e intensa. Pena não ter colocado no seu b log...
Escreva sempre - e entre no chat, pois já sinto saudades dos seus devaneios, chérie.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 12:35:20 AM
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