04/10/2002


Segunda-feira, Agosto 19, 2002

Hoje vou desempoar minha filosofia para as aulas de Epistemologia, que já está na hora (apesar de que hoje estou tão prolixa, que nem eu mesma estou me entendendo).
...
Por falar em crase, meu corpo está longe disso neste começo de semana - talvez pelo excesso de humores. Estou quase concordando com Galeno, em se falando de humores corporais... Melhor deixar pra lá.
ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 3:05:10 PM
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Domingo, Agosto 18, 2002

Fui pega de surpresa, aqui...

«CERTO
Tens,
um destino de princesa
uma voz que esclarece
e um certo andar que não se esquece mais

Tens,
a pele tão sedosa
em tudo tão harmoniosa
e um jeito de olhar que não esqueço mais
Tens,
a distância que não preciso
e por isso eu me infernizo
e vivo triste a procurar em qualquer lugar

Tens,
tristeza nos teus olhos
por coisas que eu fiz
e nunca, nunca... conseguirei consertar

Tens,
tudo que eu precisosó que nunca havia visto
e deixei o tempo aos poucos terminar

Tens
me dado horas de saudade
minutos de vazio
e o resto da vida de viver em ficção»

Anônimo

ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 8:58:38 PM
Domingo, Agosto 18, 2002

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .



Lapidar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Minha procura toda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Trama lapidar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O que o coração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Com toda inspiração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Achou de nomear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Gritando: alma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Recriar
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cada momento belo
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Já vivido e ir mais
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .Atravessar fronteiras do amanhecer
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E ao entardecer
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Olhar com calma
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Então
Alma, vai além de tudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O que o nosso mundo ousa perceber . . . . . . . . . . . . . . . . .
Casa cheia de coragem, vida. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Tira mancha que há no meu ser. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Te quero ver. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Te quero ser. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Alma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Viajar nessa procura toda
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . De me lapidar
. . . . . . . . . . . . . . . . . Neste momento, agora, de me recriar
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . De me gratificar
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Te busco, alma, eu sei
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Casa aberta
. . . . . . . . . . . . . . . . . Onde mora um mestre, o mago do luz
. . . . . . . . . . . Onde se encontra o templo que inventa a cor
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Animará o amor
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Onde se esquece a paz
Alma, vai além de tudo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O que o nosso mundo ousa perceber. . . . . . . . . . . . . . . . . .
Casa cheia de coragem, vida. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Todo afeto que há no meu ser. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Te quero ver, te quero ser. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Alma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


. . . . . . . . . . . . . . . .Milton Nascimento . . . . . . . . . . . . . . . . .

ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 7:09:55 PM

Domingo, Agosto 18, 2002

Nunca mais, nunca mais, nunca maaaaaais !....
Nunca mais, nunca mais, nunca maaaaaais !....Essa música colou na minha cabeça e não desprega; tudo lá dentro ecoa esse parte; hipotálamo, núcleo nebuloso, cerebelo...... Tudo perdido, depois de assistir Essa Gostosa Brincadeira a Dois (1974) - com a Vera Ficher ainda moleca - do qual a tal música é trilha sonora.

ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 6:41:30 PM

Domingo, Agosto 18, 2002
Motivos para ficar metidinha: tem gente boa lendo este meu blog.
»Luciano, espero que 'goste mais vezes'... rs... Volte sempre com seus versos...
»Amiga-irmã-comparsa, esse seu blog está ficando com a sua cara! Precisamos tomar um chocolate quente um dia desses. Suas perguntitas sobre blog serão respondidas logo.
»Carooool, onde andas, minha filha?
Desapareceste de vez pelo mundo? Espero que não tenha se mandado para as terras baixas sem nem falar um 'até mais'...
»Caco, mon chérie, não te engrupi, não... Aquela foto do olho era pouco maior do que aquilo lá, mesmo. Mas adorei nosso cachorro - será que ele vai amar meus gatos? Ele tem que amar os gatos... rs...
E veja que interessante: podemos até chamá-lo de Goober !...


Beijos, & + beijos, & + beijos para todos.

ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 4:02:43 PM
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Sábado, Agosto 17, 2002



Maurit Escher - Drawning Hands

ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 4:24:43 PM
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Sexta-feira, Agosto 16, 2002

De tudo que é nego torto,
Do mangue e do cais do porto,
Ela já foi namorada.
O seu corpo é dos errantes,
Dos cegos, dos retirantes;
É de quem não tem mais nada.
Dá-se assim desde menina,
Na garagem, na cantina,
Atrás do tanque, no mato.
É a rainha dos detentos,
Das loucas, dos lazarentos,
Dos moleques do internato.
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir.
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir:
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é boa pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni


Um dia surgiu, brilhante,
Entre as nuvens, flutuante,
Um enorme zepelim.
Pairou sobre os edifícios,
Abriu dois mil orifícios,
Com dois mil canhões assim.
A cidade, apavorada,
Se quedou paralisada
Pronta prá virar geléia.
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo - Mudei de idéia
Quando vi nesta cidade
Tanto horror e iniquidade
Resolvi tudo explodir.
Mas posso evitar o drama
Se aquela formosa dama
Esta noite me servir

Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni


Mas, de fato, logo ela,
Tão coitada e tão singela,
Cativara o forasteiro.
O guerreiro tão vistoso,
Tão temido e poderoso,
Era dela prisioneiro.
Acontece que a donzela
(E isso era segredo dela)
Também tinha seus caprichos.
E, a deitar com homem tão nobre,
Tão cheiroso a brilho e a cobre,
Preferia amar com os bichos.
Ao ouvir tal heresia,
A cidade, em romaria,
Foi beijar a sua mão.
O prefeito de joelhos,
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão:
Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni


Foram tantos os pedidos,
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco.
Nesta noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá se ao carrasco.
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira,
Até ficar saciado.
E, nem bem amanhecia,
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado.
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir.
Mas logo raiou o dia
E a cidade, em cantoria,
Não deixou ela dormir:
Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é boa pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni


Chico Buarque de Holanda - Geni e o Zepelin

ESCRITO POR LEBRE DE MARÇO | 4:37:39 PM

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